Relacionamento Afetivo: Miopia
“O amor é paciente e bondoso.O amor não é ciumento, nem orgulhoso nem vaidoso. Não é grosseiro, nem egoísta. Não se irrita, nem fica magoado. O amor não se alegra quando alguém faz alguma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. O amor nunca desanima,
porém suporta tudo com fé, esperança e paciência. O amor é eterno."
(I Coríntios 13: 4-8)
Muitas vezes não conseguimos enxergar os defeitos das pessoas que nos atraem, mesmo que eles sejam bastante claros às outras pessoas.Às vezes, até os enxergamos, mas subestimamos sua importância, porque nos traz algum ganho assumir o papel de miopia afetiva.
Sabe-se que existem várias evidências de que o amor é míope. Ditados populares retratam essa visão, ao exemplo de: "quem ama o feio, bonito lhe parece".
A visão míope pode nos levar a apaixonarmo-nos por pessoas altamente inconvenientes para nós. O grau de miopia amorosa varia muito. Contudo, o amor acima descrito pode mudar essa visão míope. (Esse amor é “apenas” míope).
Mudar...Mas como?
A pessoa que vive o amor focado deverá tentar observar, em sua conquista amorosa, os atributos mais valorizados e importantes na escolha de um parceiro. Deverá, também, observar os atributos que mais impedem o sucesso de um relacionamento afetivo.
William Shakespeare registrou: “E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode curar dores emocionais. Descobre que se levam anos para construir uma confiança, e apenas segundos para destruí-la.Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa... por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém... Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida”.
Lembremos que, na maioria das vezes, nos desenlaces das laçadas afetivas, entre uma díade, a culpa estava no meu coração míope que foi capaz de enxergar apenas um mútuo sentimento amoroso - no outro e em mim - onde estava escrito dores.
São Paulo, 2008.